sábado, 24 de maio de 2014

Sabe de nada inocente?




Fisioamigos,

Hoje eu queria falar de um assunto que muito me intriga, que é o tal do "osso virado", um conceito estranho né, já ouviram falar? Bem, quem trabalha com terapia manual já deve ter ouvido bastante (e utilizado também, infelizmente). Esse tal "osso virado" é um termo muito comumente falado por pacientes que eu avalio e atendo, geralmente oriundos de outros profissionais, que quando vão explicar as origens da dor do mesmo, acabam por dizer que o problema se deve ao fato da vértebra X estar virada e que ele irá recolocá-la de volta, algo um tanto temeroso de se ouvir, pois sempre que ouço isso (e acreditem, é muito frequente) me vem a mente a imagem de uma luxação, sério! Como é possível uma pessoa estar com a vértebra "virada" e ainda assim conseguir se mexer??? Chegar com um grau de dor moderado (5 na escala EVA) se ela tem uma luxação, que fatalmente irá acarretar uma compressão (ou até mesmo a laceração completa) da medula espinhal. É, isso tudo passa por minha cabeça, mas apenas por relance, pois logo me recordo que esse problema de informação equivocada se deve por dois motivos principais:

1. A forma como as técnicas de terapia manual são passadas, aonde alguns professores reproduzem conceitos ultrapassados e equivocados de compreensão dos reais mecanismos de ação das técnicas.

2. A forma como os fisioterapeutas explicam as razões da disfunção (eu disse disfunção e não patologia, em outro post irei comentar um pouco sobre isso) do paciente, fazendo com que esse realmente acredite que seu osso rodou e que ele precisa ser "desrodado" (essa palavra nem existe!).






Me preocupa que colegas façam uso desses termos mirabolantes, que não agregam em nada a sua terapêutica, mas o que realmente me deixa apreensivo é a dúvida ser o profissional realmente acredita nessa disparidade ou se é a falta de aprofundamento nos estudos.




Ossos não viram e são desvirados assim facilmente, portanto fisioamigo que trabalha com terapia manual, não utilize esses termos, não faça papel de bobo, busque as referencias de sua área (que são enormes) e estude sempre, cada vez mais!



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